Meshuggah: ao vivo em Portugal

MESHUGGAH
THE OPHIDIAN TREK TOUR
meshuggah2012

27 de Novembro - Hard Club - Sala 1 (Porto)
28 de Novembro - Paradise Garage (Lisboa)

1ª parte: Decapitated + C.B Murdoc

Abertura de Portas - 19h30
Inicio do Espectáculo - 20h30

Para satisfação de todos aqueles que, em geral, apreciam uma boa dose de extremismo desafiante e, em particular, veneram a sonoridade única praticada pelos MESHUGGAH, o quinteto criado em 1987 na cidade de Umeå, na Suécia, vai estar finalmente de regresso ao nosso país depois de – há pouco mais de dois anos – ter deixado totalmente rendido o público presente no Vagos Open Air. Por cá pela primeira vez em nome próprio e em recinto fechado, Jens Kidman, Fredrik Thordenthal, Tomas Haake, Dick Lövgren e Mårten Hagström vão subir aos palcos do Hard Club no Porto e do Paradise Garage em Lisboa, nos dias 27 e 28 de Novembro.

Intensos. Demolidores. Complexos. Desafiantes. Colossais. São tudo ótimos objetivos para descrever os MESHUGGAH. Quando se fala em música complexa, complicada, intrincada e matematicamente precisa, a banda sueca tem mantido uma presença dominante durante os últimos 25 anos, quebrando barreiras e ajudando a tornar a música extrema ainda mais extrema. E cerebral. A descarga de riffs injetados de um balanço avassalador – a dupla de guitarristas usa instrumentos de oito cordas para que o grave seja o mais grave possível – é imparável e, por si própria, já seria mais que suficiente para provocar danos consideráveis. Mas há mais; os trejeitos free-jazz que agarram o ouvinte pelo pescoço e a monotonia quase hipnótica que Jens Kidman imprime ao seu rugido são os outros segredos do sucesso de uma das propostas mais arrojadas de que há memória no universo da música de peso. Aclamado pela crítica, o quinteto acabou por só receber reconhecimento em larga escala numa fase já adiantada da sua carreira, mas deu origem a um dos fenómenos emergentes no underground atual – o djent. Muitos são os grupos que têm tentado repetir a fórmula vencedora, mas poucos foram os que conseguiram fazê-lo com sucesso. Os Meshuggah são únicos e, como prova o recentemente editado «Koloss», não há competição que lhes consiga chegar aos calcanhares.

Desde que se juntaram, em 1996, os DECAPITATED não mais deixaram de surpreender. Ainda em plena adolescência, os jovens polacos tomaram de assalto o movimento death metal com a estreia «Winds of Creation», editada pela Earache. A média de idade dos membros da banda – 14 anos! – já era motivo mais que suficiente para gerar conversa, mas o que deixou toda a gente de queixo caído foi mesmo a destreza técnica demonstrada por músicos que ainda nem sequer tinham idade para beber uma cerveja quando partiram pela primeira vez em digressão. Entretanto os miúdos cresceram e, pelo caminho, transformaram-se num dos mais respeitados nomes dentro da música extrema graças a discos como «The Negation» ou «Organic Hallucinations» e a um intenso regime de concertos que os levou aos quatro cantos do planeta. Até que, em Outubro de 2007, sofreram um trágico acidente de viação que vitimou dois dos seus elementos. Durante um tempo ninguém pensou que “Vogg” voltasse à cena, mas foi precisamente isso que o guitarrista e estratega do projeto fez há três anos. Com uma formação totalmente renovada e vontade de levar o seu death metal cirúrgico mais para a frente, «Carnival Is Forever» mostrou a vitalidade de uma banda que teima em não quebrar face às adversidades.

Maioritariamente desconhecidos do público nacional, os CB MURDOC só têm dois anos de existência, mas conseguiram gerar um considerável falatório à sua volta a partir do momento em que o influente Tomas Haake os mencionou no fórum oficial dos Meshuggah. Daí à edição do álbum de estreia foi um pequeno passo, com a independente finlandesa Spinefarm a colocar o seu selo num disco que chegou aos escaparates rodeado de elogios. Ao ouvir «The Green», percebe-se porquê. Primeiro não estamos propriamente perante uma banda jovem – três dos seus elementos fizeram parte dos black metallers Mörk Gryning durante mais de uma década – e isso nota-se na música que fazem agora. A improvável mistura de hardcore musculado e políritmos que domina temas como «Patch» ou «Two In One» consegue colocá-los na vanguarda do djent e o selo de aprovação virtual por parte de Haake justifica-se plenamente. Estamos perante músicos com experiência a rodos e cheios de talento, que sabem onde querem chegar e como lá chegar. Não negando a influência dos autores de «Destroy, Erase, Improve», o sexteto de Estocolmo pode perfeitamente ser uma lufada de ar fresco num mar de clones.

BIOGRAFIA:

Considerados pela revista Rolling Stone como “uma das dez bandas mais importantes do heavy metal atual”, os Meshuggah reúnem à sua volta um consenso generalizado. Dos fãs à imprensa, passando por todos os músicos que os respeitam e que foram por eles influenciados, de uma forma ou de outra, a criar os seus próprios projetos musicais. O vocalista (e na altura também guitarrista) Jens Kidman, o guitarrista Fredrik Thordendal, o baterista Niklas Lundgren e o baixista Peter Nordim gravaram um EP homónimo de estreia em 1989 e dois anos depois, agora já com Tomas Haake sentado atrás da bateria, o primeiro álbum, intitulado «Contradictions Collapse». Com Mater Hagstron na segunda guitarra e Kidman única e exclusivamente dedicado à voz, começam a ganhar exposição e, não perdendo tempo, gravam mais dois EPs no espaço de menos de um ano.

Foi, no entanto, em 1995, que lançaram o disco que os estabeleceu finalmente como verdadeiros pesos pesados no mundo do experimentalismo extremo. Aqueles primeiros discos eram interessantes, é certo, mas ainda mostravam o quinteto demasiado apegado às suas referências thrash mais tradicionais (os Metallica são frequentemente mencionados, pelos próprios elementos do grupo, como a principal influência durante a primeira fase da sua carreira). Atirando-se de cabeça à exploração de estruturas mais complicadas, riffs maquinais, políritmos e influências jazzísticas, os músicos conseguiram reinventar-se e «Destroy, Erase, Improve» estabeleceu-se como um clássico da música extrema contemporânea.

Seguiram-se digressões cada vez maiores e mais importantes, alguns ajustes de formação (Gustaf Helm, uns anos depois substituído por Dick Lövgren, ocupou o lugar de Nordim no baixo) e também o reconhecimento em maior escala – a dada altura a banda transformou-se num culto, alvo de consenso invulgar e, aparentemente, incapaz de desiludir os seus seguidores ou dar maus concertos. A verdade é que nunca mais olharam para trás e, sem sucumbirem à pressão naturalmente agregada ao lugar que ocupam atualmente, continuam a inovar de uma forma verdadeiramente impressionante a cada novo passo que dão – hoje em dia Thordendal e Hagstron usam guitarras “customizadas” de oito cordas e isso é apenas um exemplo da sua imensa vontade de revolucionar através da música que fazem e gravam.

«Chaosphere» (de 1998), «Nothing» (de 2002), «Catch Thirtythree» (de 2005) e «ObZen» (de 2008) completam uma discografia exemplar, sempre em plano ascendente e que lhes valeu o feito de serem também a primeira banda do catálogo Nuclear Blast a furar a tabela de vendas da Billboard e a ser nomeada para os Grammys suecos. «Koloss», o recentemente editado sétimo longa-duração de uma banda que só entra em estúdio quando está preparada para “partir” tudo, entrou diretamente para a posição #17 da tabela de vendas norte-americana, ultrapassando a marca das 18.000 cópias vendidas só na semana em que chegou aos escaparates. Uma espécie de resposta à tendência djent – que eles próprios inspiraram – e que ganha mais adeptos a cada dia que passa, é um sério candidato a figurar nas listas dos melhores de 2012 quando o ano chegar ao fim.

Co-Produção: Amplificasom

Website oficial // Facebook

27 de Novembro - Hard Club - Sala 1 (Porto)
28 de Novembro - Paradise Garage (Lisboa)

1ª parte: Decapitated + C.B Murdoc

Abertura de Portas - 19h30
Início do Espectáculo - 20h30


Preço dos bilhetes: 22,00 Euros


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