
Ruben Viegas
Super Bock Super Rock 2017 - Dia 15 Julho
O ultimo dia de Super Bock Super Rock abre em bom tom: a complexa, expansiva, bastante desafiante mas também recompensadora performance de Bruno Pernadas e o seu octeto poderia, inclusive, ser marcada para uma posição mais aduladora. A sua criativa mistura de jazz e art rock, afinal, é ímpar entre o trabalho dos compositores portugueses, e a execução magistral dos temas presentes em “How to be joyful in a world full of knowledge?” e “Those who throw objects at the crocodiles will be asked to retrieve them” fez digna nota disso.
O ato seguinte, Silva, é mais um brasileiro que vem dar mostras de que a música por lá também goza de uma boa fase. A sua marca de indie rock, singela e reverente aos que o precedem, não é difícil de gostar, e não colidindo em horário com mais ninguém o cantautora foi capaz de reunir um bom publico em torno dos seus temas. Ainda houve tempo para prestar homenagem a algumas das suas influências: temas dos Novos Baianos ou de Gilberto Gil foram surgindo à medida que o set avançava, e que só contribuíram para o bom momento que viveu este pedaço de tarde do Super Bock.
De seguida, dois concertos em quase tudo distintos e que provaram distribuir a audiência em concordância. De um lado, no Palco Super Bock, o pop orelhudo, descomprometido e de fácil acesso de Foster the People que, há alguns anos sem produzir algo com repercussão, continuam a marcar presença em Portugal em posições de destaque - para lá escolheu ir a maioria, que encontrou uma entrega a meio-gás, sem a vivacidade que pediria a abertura do MEO Arena para o último dia de festival. Do outro, o experimentalismo jazz-rock de TaxiWars, encabeçados por Tom Barman de dEUS, cuja sonoridade desafiante não rendeu em termos de afluência, mas fez por uma bela performance de música alternativa em pleno palco secundário.
Pouco depois da atuação de James Vincent McMorrow, também no palco EDP, chegou a vez do verdadeiro cabeça de cartaz, desta feita tocando mais cedo, tomar o Palco Super Bock. E era, autenticamente, à espera do retorno de Deftones que estava a grande maioria dos presentes - um público notavelmente mais inclinado às sonoridades mais pesadas, como se viu pela adesão a concertos como os de Stone Dead ou Black Bombaim. No entanto, amplificado pelo titânico sistema de som do MEO Arena, o grupo de Chino Moreno foi mesmo a maior dose de peso a registar-se no festival. O seu metal alternativo, tão melancólico quanto distorcido e um pouco saudoso de uma outra altura do metal no mainstream, é bem recebido pela plateia, especialmente pelos níveis ensurdecedores a que chegava. No mínimo digno de uns bons moshpits, o espetáculo foi, no seu máximo expoente, um regressar a tempos de maior glória para o nu-metal.
Não ficando nem um pouco para trás, foi ainda assim num registo inteiramente distinto que o Palco EDP cessou atividades por este ano, à conta do inconfundível Seu Jorge. Sozinho e à guitarra, foi chamado às canções que gravou para o filme “The Life Aquatic with Steve Zissou”, de Wes Anderson, versões cantadas em português e à boa moda brasileiro do eterno ídolo do rock, David Bowie. O próprio Bowie diria anos mais tarde sobre o álbum algo como “Se Seu Jorge não tivesse gravado minhas canções em português eu nunca ouviria este novo nível de beleza com o qual as imbutiu". E foi fácil perceber, pela performance, o porquê. Utilizando os mesmos acordes com que Bowie as escreveu nos anos 70, Seu Jorge, acrescenta às músicas muito do seu forte caráter e personalidade musical, intercalando os temas com histórias sobre a gravação de Life Aquatic e a sua relação com os outros intervenientes e a música de Bowie. Uma experiência imersiva e absolutamente encantadora, que merecia um contexto mais intimista: a conversa e desatenção de muito público acabou por estragar a experiência aos restantes. Já em jeito de after-party, o festival despede-se com o set de Fatboy Slim no Palco Super Bock, uma apresentação que reúne os seus méritos para os apreciadores deste EDM, mas que também não ameaçou fazer frente aos dois concertos que lhe antecederam.
Texto: Pedro Miranda
Fotografia: Rúben Viegas
Vodafone Mexefest canta Gisela João
18 de novembro às 21h20, no Cineteatro Capitólio em Lisboa
Entrada livre
www.vodafonemexefest.com | facebook.com/vodafonemexefest
Este ano o Vodafone Mexefest começa mais cedo! Para além do efeito surpresa que o Festival tem no público a cada edição, com música à espreita em formatos e locais inusitados, este ano a surpresa maior chama-se Vodafone Mexefest canta Gisela João. Um concerto da fadista de entrada livre, no Cineteatro Capitólio, em Lisboa, que se realiza a 18 de novembro, às 21h20, uma semana antes de a música mexer na cidade.
A fadista, que já integrou o cartaz do Vodafone Mexefest, volta assim a fazer parte do Festival que todos os anos traz os fãs de música à Avenida da Liberdade e artérias adjacentes, proporcionando a descoberta de novos espaços, de pormenores da cidade até então desconhecidos ou de uma nova sonoridade ao virar de cada esquina.
Se, na sua música, Gisela João já deu voz a poetas da atualidade e a alguns dos intérpretes mais importantes da história da música, no espetáculo Vodafone Mexefest canta Gisela João vão ter voz alguns convidados especiais, que vão juntar-se em palco à cantora, que é, também ela, uma das mais importantes intérpretes do panorama musical português da atualidade.
Luísa Sobral, Samuel Úria, DJ Stereossauro e MOMO, que atuará na edição deste ano do Vodafone Mexefest, são os convidados confirmados que Gisela João escolheu para fazer parte deste concerto inédito, que assinala o aquecimento para os dias 24 e 25 de novembro. Músicos de referência, cada um no seu estilo, vão dar uma primeira mostra de que a diversidade, que caracteriza a agenda musical do Festival, volta a fazer todo o sentido quando as palavras de ordem são qualidade e originalidade.
O Vodafone Mexefest abre-se à cidade e convida para este concerto, de entrada gratuita (até ao limite da lotação da sala).
Vofadone Mexefest, de palco em palco, a Música mexe na cidade.
Cartaz completo por dias e salas
Passe único dois dias
Até 23 de novembro: 45€
Nos dias do Festival: 50€
App Vodafone Mexefest com bilhetes à venda, com desconto para clientes Vodafone em quantidade limitada
Press Release: Música no Coração
Ciência Rítmica Avançada - com TNT, Micro e MCK no Vodafone Mexefest
Pelo terceiro ano consecutivo, a curadoria Ciência Rítmica Avançada - assinada para o Vodafone Mexefest por Rui Miguel Abreu, diretor da revista digital Rimas e Batidas - propõe um mapa para navegar as mais estimulantes águas do hip hop nacional e lusófono.
Desta vez, a grande novidade passa pelo regresso dos Micro. O mítico grupo de D-Mars, Sagas e Nel’Assassin foi determinante para a história do hip hop nacional, tendo marcado presença com dois históricos álbuns – “Microestática” e “Microlandeses” - na geração que também ofereceu ao futuro nomes como os de Sam The Kid, Valete, Xeg ou Chullage. Depois de terem lançado “Microlandeses” em 2002, o grupo não voltou a cruzar-se em estúdio e só esporadicamente pisou palcos, com cada membro a apresentar depois convincentes argumentos a solo que ficaram igualmente como marcos da discografia hip hop nacional.
No palco do Vodafone Mexefest, os Micro vão assim assinalar os 15 anos do clássico “Microlandeses” e ainda preparar o seu futuro, revelando novo e entusiasmante material.
A curadoria Ciência Rítmica Avançada propõe ainda um concerto de TNT, rapper da Margem Sul, que este ano editou o aplaudido “Menino de Ouro”, trabalho em que conta com participações de lendas da cultura como Melo D ou Carlão, e que funciona como a ponte perfeita entre o legado histórico dos Micro e o presente excitante do hip hop tuga.
E, finalmente, haverá espaço para uma das mais ativas e cativantes vozes da lusofonia rap: o angolano MCK é um dos mais sólidos valores do hip hop que tem Luanda como epicentro. Ativista incansável dos direitos e das liberdades universais, sempre disposto a carregar a verdade nas suas rimas. Tem novidades e vem também apresentá-las no Vodafone Mexefest.
Depois de já ter programado Roger Plexico e Nerve, Landim, Keso e Fuse, este ano a mais avançada ciência rítmica e lírica do Vodafone Mexefest passa por MCK, Micro e TNT.
Confirmados:
Aldous Harding; Allen Halloween; Benjamim e Barnaby Keen;
Ciência Rítmica Avançada com: MCK, Micro, TNT; Cigarettes After Sex; Childhood; Destroyer; Ermo; Everything Everything; Hinds; IAMDDB; Jessie Ware;
Julia Holter (Solo on Grand Piano) with special guest Tashi Wada; Karlon; Liars; Liniker e os Caramelows; Luís Severo; Mahalia; Manel Cruz;
MOMO convida Camané; Moullinex apresenta “Hypersex”; Oddisee; Orelha Negra; PAULi; Paulo Bragança; Sevdaliza; Songhoy Blues; Statik Selektah; Valete;
Washed Ou
Passe único dois dias
Até 23 de novembro: 45€
Nos dias do Festival: 50€
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Press Release: Música no Coração
Jessie Ware no Vodafone Mexefest
Quem leva a música a sério, continua a contar os dias para mais uma edição do Vodafone Mexefest! Nos dias 24 e 25 de Novembro, o festival promete aquecer o outono lisboeta com a melhor música do momento. Há riffs e batidas para todos os gostos, sons mais eletrónicos, outros mais orgânicos, mas também grandes vozes, inevitavelmente. E a edição deste ano conta com uma das melhores vozes da atualidade: a britânica Jessie Ware.
A cantora britânica deixou o jornalismo para se dedicar à música. Começou por emprestar a sua voz em concertos do cantor inglês Jack Peñate. E não demorou muito até começar a colaborar com o projeto eletrónico SBTRKT, com quem editou o single “Nervous”. O sucesso desta e de outras colaborações valeu alguns passos importantes na carreira de Jessie Ware.
Em 2012 editou o primeiro disco, “Devotion”. Com ele chegou o sucesso de temas como “Running” ou “Wildest Moments” e a nomeação para vários prémios, como o Mercury Prize. Depois de ter corrido o mundo com “Devotion”, Jessie regressou aos discos em 2014. “Tough Love” foi mais um sucesso entre o público e a crítica, mostrando que se pode juntar o melhor da música pop com um universo mais alternativo. “Say You Love Me”, feita em colaboração com Ed Sheeran, é um dos pontos mais fortes do disco.
Jessie Ware sente-se confortável entre a pop e a soul (muitos já catalogaram como neo soul), mas isso não a impede de continuar a arriscar, desafiando-se a si própria e convidando outros géneros musicais para a sua música (notam-se influências do trip hop, por exemplo). O novo disco, “Glasshouse”, editado na última sexta-feira, dia 20, confirma que Jessie é uma artista mais empenhada na própria música do que na manutenção de um qualquer estatuto de diva. “Midnight” e “Selfish Love” são algumas das boas novidades com que Jessie Ware promete prender o público do Vodafone Mexefest.
Confirmados:
Aldous Harding, Allen Halloween, Benjamim e Barnaby Keen, Cigarettes After Sex, Childhood, Destroyer, Ermo, Everything Everything, Hinds, IAMDDB, Jessie Ware, Julia Holter, Karlon, Liars, Liniker e os Caramelows, Luís Severo, Mahalia,
Manel Cruz, MOMO convida Camané, Moullinex, Oddisee, Orelha Negra, PAULi,
Paulo Bragança, Sevdaliza, Songhoy Blues, Statik Selektah, Valete, Washed Out
Passe único dois dias
Até 23 de novembro: 45€
Nos dias do Festival: 50€
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Press Release: Música no Coração
Sevdaliza, Mahalia e Paulo Bragança no Vodafone Mexefest
Num cartaz que conta com nomes como Cigarettes After Sex, Destroyer, Oddisee, Manel Cruz, entre tantos outros, há sempre espaço para surpreender. A cantora iraniana-holandesa Sevdaliza, a jovem britânica Mahalia e o fadista português Paulo Bragança também têm presença marcada no Vodafone Mexefest.
Com ecos de diferentes músicas e pronúncias, a voz de Sevdaliza só poderia ser deste tempo. Nasceu no Irão, mas a Holanda acabou por ser o destino dos pais, refugiados políticos, quando Sevdaliza tinha apenas 5 anos. É verdade que chegou a ser basquetebolista de alta competição, mas a música falou mais alto. Do desporto talvez tenha ficado a ética de trabalho. Sevda (é assim que todos a tratam) é obsessiva com a sua arte, controlando todos os processos da música que produz. O resultado é uma eletrónica capaz de emocionar, próxima do trip hop de bandas como os Portishead ou os Massive Attack, mas sem deixar de lado as influências de géneros como o grime ou o dubstep. Depois dos EPs “The Suspended” ou “Children of Silk”, ambos editados em 2015, o primeiro longa duração chegou em abril deste ano. “Ison” confirma Sevda como uma das vozes mais interessantes da atualidade. Ao vivo, não há expectativas frustradas: Sevdaliza continua a diluir as suas sombras na beleza da sua voz. Este é mais um talento para conhecer melhor em novembro, na Avenida da Liberdade, em Lisboa.
Mahalia Burkmar nasceu em Leicester, no ano de 1998. As primeiras canções chegaram bem cedo - a primeira delas, “My Angel”, foi escrita com apenas oito anos de idade. Quando completou 13 anos, a jovem cantora assinou o seu primeiro contrato, com a editora Asylum Records. Apesar deste percurso, Mahalia não teve pressa para gravar, privilegiando o conhecimento de si própria e do mundo. Colaborou com a banda eletrónica Rudimental e já acompanhou estrelas como Ed Sheeran ou Kendrick Lamar. A simplicidade das suas canções serve a suavidade e delicadeza da sua voz. Com a ajuda de produtores do calibre de Steve Fitzmaurice ou Nineteen85, Mahalia não dá passos em falso neste início de carreira. “Diary of Me” é o primeiro álbum, com uma irresistível atmosfera pop, mas também com vontade de explorar outras linguagens, mais próximas do hip hop (ouça-se, por exemplo, o single “Sober”). O futuro é todo de Mahalia. Primeira etapa: conquistar Lisboa e o público exigente do Vodafone Mexefest.
Paulo Bragança começou a sua carreira em 1986 e gravou o primeiro disco em 1992: “Notas sobre a Alma". David Byrne, líder dos Talking Heads, impulsionou-o para uma carreira internacional que viria a ser invejável. Apelidado pela imprensa internacional de “fadista punk”, Paulo Bragança foi uma das caras mais identificativas de um novo tempo da história do Fado. Depois do sucesso, viveu em absoluta e austera reclusão durante quatro anos. Pensar o pensamento era a rotina exaustiva diária desses tempos. E depois de seis anos sem qualquer contacto com Portugal, encontra-se agora no nosso país com Carlos Maria Trindade, seu editor e amigo de sempre, e já começaram a trabalhar juntos num novo álbum. No Vodafone Mexefest espera-se a alma e a irreverência daquele apelidado por alguns como o “Variações do Fado”...
Confirmados:
Aldous Harding, Allen Halloween, Benjamim e Barnaby Keen, Cigarettes After Sex, Childhood, Destroyer, Ermo, Everything Everything, Hinds, IAMDDB, Julia Holter, Karlon, Liars, Liniker e os Caramelows, Luís Severo, Mahalia, Manel Cruz,
MOMO convida Camané, Moullinex, Oddisee, Orelha Negra, PAULi,
Paulo Bragança, Sevdaliza, Songhoy Blues, Statik Selektah, Valete, Washed Out
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Press Release: Música no Coração
Everything Everything, Moullinex e Benjamim e Barnaby Keen no Vodafone Mexefest
Já falta pouco para mais uma edição do Vodafone Mexefest e a contagem decrescente continua a ser feita da melhor maneira possível. Enquanto contamos os dias, acrescentamos motivos que tornam o cartaz que vai animar a Avenida da Liberdade nos dias 24 e 25 de novembro, cada vez mais imperdível. Estão confirmados os britânicos Everything Everything, o português Moullinex e ainda uma dupla que, curiosamente, junta as duas nacionalidades anteriores, Benjamim e Barnaby Keen.
Quando nasceram em Manchester no ano de 2007, os Everything Everything já eram uma banda ambiciosa, com vontade de produzir um som futurista, em sintonia com um mundo em mudança. Nos primeiros tempos a vida de estrada exigia da banda um som mais punk e direto, mas não demorou muito até que Jonathan Higgs, Jeremy Pritchard, Michael Spearman e Alex Robertshaw concretizassem essa ambição, encontrando uma linguagem muito própria, onde indie rock, R&B, dream pop e até rock progressivo são influências que não se atropelam. Depois de três discos bem recebidos pelo público e pela crítica (com nomeações para o Mercury Prize, por exemplo), os Everything Everything acabam de lançar “Fever Dream”. É mais um disco desconcertante, com letras aguçadas e sintetizadores usados com a mestria de sempre. Com estas novidades na bagagem e a comemorar dez anos de carreira, os Everything Everything prometem animar a edição deste ano do Vodafone Mexefest.
É difícil falar de música eletrónica em Portugal sem referir o nome de Moullinex, o alter ego do viseense Luís Clara Gomes. Assume-se, cada vez mais, como umas das mentes mais irrequietas e criativas do panorama musical português, convidando vários géneros musicais para a sua música: soul, funk, garage rock e até MPB, tudo serve para enriquecer a eletrónica de Moullinex. Remisturas de nomes como Röyksopp e Robyn, Cut Copy ou Two Door Cinema Club são um dos fatores que explicam a fama internacional do músico português, requisitado para atuar nos palcos de todo o mundo. Sendo um talento irrequieto, Moullinex divide o seu tempo entre vários projetos: em conjunto com Xinobi é também responsável pela editora Discotexas, que pretende dar a conhecer a melhor música eletrónica que se vai fazendo em Portugal. Em nome próprio, e depois de dois discos aclamados pela crítica, “Flora” (2012) e “Elsewhere” (2015), Moullinex regressa agora com “Hypersex”, um registo que presta homenagem à cultura de dança. "Open House", "Love Love Love" e "Work It Out” são alguns dos temas novos que vamos poder ouvir em novembro, na Avenida da Liberdade em Lisboa.
Já se sabe que Benjamim é um dos songwriters de maior talento na nova música portuguesa. O disco “Auto Radio”, editado em 2015, é a melhor prova disso – canções carregadas da história do próprio Benjamim, uma história também nossa, com influências que vão desde o conjunto Duo Ouro Negro até aos incontornáveis Beach Boys. No tempo em que morava em Londres e ainda assinava como Walter Benjamin, o português conheceu Barnaby Keen, músico britânico, mais conhecido pelo seu projeto Flying Ibex, mas também por ser membro do coletivo Electric Jalaaba. Muito por causa do facto de Keen também saber falar português (uma namorada fixou-o no Brasil, durante um tempo), os dois músicos depressa encontraram afinidades musicais. A paixão que ambos têm pelo disco “Construção” de Chico Buarque fez com que Bejamim e Barnaby Keen começassem a fazer música juntos. Esta partilha resultou no disco “1986”, editado este ano. Com a bossa nova no horizonte, mas sem esquecer as influências pop anglo-saxónicas dos anos 80, Benjamim e Barnaby Keen fizeram um dos discos mais interessantes do ano. “Dança Com Os Tubarões”, “All I Want” e “Terra Firme” são algumas das belíssimas canções que subirão ao palco no Vodafone Mexefest.
Confirmados:
Aldous Harding, Allen Halloween, Benjamim e Barnaby Keen, Cigarettes After Sex, Childhood, Destroyer, Ermo, Everything Everything, Hinds, IAMDDB, Julia Holter, Karlon, Liars, Liniker e os Caramelows, Luís Severo, Manel Cruz,
MOMO convida Camané, Moullinex, Oddisee, Orelha Negra, PAULi,
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Press Release: Música no Coração
Orelha Negra no Vodafone Mexefest
O Vodafone Mexefest é uma mostra privilegiada, também, da melhor música portuguesa. Nos dias 24 e 25 de novembro, há muito talento português a desfilar na Avenida da Liberdade em Lisboa. Depois das confirmações de nomes como Valete, Manel Cruz, Allen Halloween, Karlon ou Luís Severo, é a vez de anunciar uma das melhores bandas portuguesas da atualidade: os Orelha Negra.
Nem todos acreditariam no enorme sucesso dos Orelha Negra, uma banda de hip hop sem vocalista. Felizmente, a melhor música só obedece a uma fórmula: talento e trabalho. João Gomes, Francisco Rebelo, Fred Ferreira, DJ Cruzfader e Sam The Kid provam isso mesmo, formando um quinteto de luxo, responsável por algum do melhor, mais arrojado e mais bem sucedido hip hop produzido em Portugal. Na semana em que lançaram o mais recente álbum foram líderes do top nacional de vendas, tendo destronado os Foo Fighters, lugar que mantiveram na segunda semana.
Estrearam-se em 2010 com um disco homónimo. Nas primeiras fotografias o rosto de cada um dos elementos do grupo aparecia tapado por um disco. Percebemos a mensagem: aqui, só a música importa. Dois anos depois, outro homónimo. E, entretanto, temas como “A Cura” e “Throwback” já estavam colados aos ouvidos dos portugueses. Hip hop, soul e funk são os territórios mais evidentes da música dos Orelha Negra, mas há muito mais, há uma imensidão de preciosos detalhes que fazem a diferença na construção de uma música que quer mais do que entreter – quer construir narrativas, criar imagens quase cinematográficas na cabeça de quem ouve, preservar a memória da música feita pelos outros, no passado.
Nada disto impede que esta música seja também um irresistível convite à dança. De facto, nos concertos dos Orelha Negra todo o corpo é convidado a embarcar numa viagem inesquecível. E uma dessas viagens está já marcada para novembro, na Avenida da Liberdade em Lisboa. Os Orelha Negra trazem um novo disco na bagagem, editado em setembro passado, e também homónimo. Este terceiro álbum da banda portuguesa foi o disco que mais vendeu no nosso país durante duas semanas consecutivas, um registo empenhado em desafiar as fronteiras do hip hop. “Ready” é um dos novos temas que vamos poder ouvir na próxima edição do Vodafone Mexefest. Estamos?
Confirmados:
Aldous Harding, Allen Halloween, Cigarettes After Sex, Childhood, Destroyer, Ermo, Hinds, IAMDDB, Julia Holter, Karlon, Liars, Liniker e os Caramelows,
Luís Severo, Manel Cruz, MOMO convida Camané, Oddisee, Orelha Negra, PAULi,
Songhoy Blues, Statik Selektah, Valete, Washed Out
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Press Release: Música no Coração
Oddisee, Ermo e Hinds no Vodafone Mexefest
A contagem decrescente continua! Faltam menos de dois meses para a edição de 2017 do Vodafone Mexefest e não param de chegar boas razões para não faltar nos dias 24 e 25 de novembro na Avenida da Liberdade, em Lisboa. Há mais talento a caminho da edição deste ano do festival: o melhor hip hop do mundo trazido pelo norte-americano Oddisee, a pop eletrónica dos portugueses Ermo e ainda o contagiante surf rock das madrilenas Hinds.
Concentrado na sua própria arte, sem se distrair com as luzes do rap, Oddisee é um dos músicos mais produtivos dos últimos dez anos: mixtapes, discos, colaborações e muitos outros trabalhos enquanto produtor atestam a sua prodigiosa ética de trabalho. Filho de pai sudanês e mãe afro-americana, cresceu sob a influência do rap e da soul, contando com vários músicos em ambos os lados da família. Interventivo como poucos, Oddisee aborda temas como as desigualdades sociais e de género, ou a islamofobia. Mas o talento do rapper de Washington DC não se fica pelas letras e também se faz notar nas batidas, como prova “Odd Tape”, uma mixtape exclusivamente instrumental editada em 2016. Mais recentemente, já em 2017, Oddisee lançou “The Iceberg”. Como sempre, o próprio músico é também o produtor do disco. O jazz é a base de todo o trabalho, mas também há soul, funk, disco e, o mais importante, palavras que têm o dom de nos tornar mais conscientes. Ingredientes mais do que suficientes para mexer com o público do Vodafone Mexefest.
António Costa e Bernardo Barbosa são os Ermo, um dos projetos mais arrojados da nova música portuguesa. A dupla de Braga deu os primeiros passos em 2012, com o lançamento de um EP homónimo. No ano seguinte, editaram o seu primeiro longa duração. “Vem Por Aqui”, foi elogiado pela crítica e garantiu a presença da banda em vários palcos europeus e brasileiros. Difícil de catalogar, a música dos Ermo é influenciada por diferentes géneros, desde o hip hop até ao pós-punk. E essa aventura musical tem um novo capítulo: “Lo-Fi Moda”, editado este ano, marca a assinatura com a editora NorteSul. Apostado em criticar a vaidade e o narcisismo destes tempos de domínio digital, o disco já conquistou o público e a crítica – cinco estrelas foi a cotação atribuída pela Blitz e pelo Expresso. Feito da vontade de experimentar, mas sem perder um irresistível apelo pop, “Lo-Fi Moda” é já um dos discos portugueses do ano. O single “crtl + C ctrl + V” é um bom exemplo do talento desta dupla bracarense e, certamente, um dos temas que vamos poder ouvir em novembro, na Avenida da Liberdade em Lisboa.
“De Espanha, nem bom vento, nem bom casamento” é o género de provérbio que está mais do que ultrapassado. Depois de ouvir Hinds estamos certos de que de Espanha vem, pelo menos, bom rock. Começou por ser um duo formado por Ana Perrote e Carlotta Cosials (vocalistas e guitarristas), mas depressa passou a quarteto com a entrada de Aden Martin (baixista) e Amber Grimbergen (baterista) para a banda. A proposta das Hinds é simples: rock de garagem, lo-fi, direto ao assunto, com carisma e descontração em doses elevadas. Depois do lançamento de algumas faixas soltas (elogiados pelo jornal The Guardian) e do EP “Very Best of Hinds so Far”, em 2016 chegou o primeiro álbum. “Leave Me Alone” mantém a fórmula, com uma energia punk irresistível. Na senda de bandas como os Best Coast ou os Wavves, as Hinds sabem como servir um bom surf rock. E basta ouvir uma canção como "Garden" para perceber que o outuno lisboeta vai aquecer com a vinda destas quatro madrilenas ao Vodafone Mexefest.
Confirmados:
Aldous Harding, Allen Halloween, Cigarettes After Sex, Childhood, Destroyer, Ermo, Hinds, IAMDDB, Julia Holter, Karlon, Liars, Liniker e os Caramelows,
Luís Severo, Manel Cruz, MOMO convida Camané, Oddisee, PAULi,
Songhoy Blues, Statik Selektah, Valete, Washed Out
Passe único dois dias
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Press Release: Música no Coração
Liars, Liniker e os Caramelows e IAMDDB no Vodafone Mexefest
Em novembro, o Vodafone Mexefest mostra uma Lisboa moderna, cosmopolita e aberta à diferença. O público que passeia pela Avenida, a música que se ouve, o ambiente que se vive, tudo colabora para essa atmosfera de partilha. A edição deste ano, marcada para os dias 24 e 25 de novembro, não vai ser exceção e há mais três nomes que prometem impressionar o público português: Liars, Liniker e os Caramelows, e IAMDDB.
Os Liars deram os primeiros passos em novembro de 2000 e depressa marcaram a diferença nesses primeiros anos do século XXI. A proposta de pós-punk acompanhado de eletrónica chamou a atenção do público e da crítica logo após o lançamento do primeiro disco: “They Threw Us All in a Trench and Stuck a Monument on Top”. Esse sucesso fez com que a banda marcasse presença no documentário “Kill Your Idols”. Influenciados por Delta 5 ou Gang of Four, procuraram sempre o seu próprio caminho, adicionando elementos novos a cada disco. Um risco que valeu a pena, como provam os excelentes “Drum's Not Dead” e “Sisterworld”. Ao longo do tempo a banda sofreu algumas alterações na formação e hoje é o projeto de um homem só: o vocalista e o multi-instrumentista Angus Andrew. “TFCF”, editado em 2017, mostra um músico criativamente inquieto e empenhado em alargar as suas próprias fronteiras musicais (e não só). O encontro com esta nova fase dos Liars está marcado para novembro, no Vodafone Mexefest.
O nome Liniker e os Caramelows leva-nos até Araraquara, cidade do interior de São Paulo, e é um dos projetos mais estimulantes da atual música brasileira. O raro talento da cantora e compositora Liniker Barros (não se define como homem, nem como mulher, mas prefere o pronome feminino) está bem acompanhado por Renata Éssis (backing vocals), Marja Lenski (percussão), Rafael Barone (baixo), William Zaharanszki (guitarra), Péricles Zuanon (bateria), Fernando TRZ (teclados), Graziella Pizani (trompete) e Eder Araújo (saxofone). “Remonta”, editado em 2016, é o disco de estreia que revela toda a capacidade de Liniker, camaleónica e sempre inspirada. MPB, muita soul e referências que vão desde Tim Maia até às mais improváveis baladas latinas, passando pelo inevitável Ney Matogrosso, fazem deste registo um verdadeiro acontecimento. Depois de correrem o Brasil de norte a sul, depressa chegaram os primeiros concertos internacionais. A agenda está cheia, e Portugal cabe na lista. No Vodafone Mexefest com certeza!
Motivada por uma cena musical que fervilha em Manchester, IAMDDB não tem parado de criar. Depois de “Waeveybby, Volume 1” e “Vibe, Volume 2”, chega agora um novo EP. “Hood Rich, Volume 3” confirma IAMDDB como uma das artistas mais conscientes da nova geração. A decisão de nos aceitarmos exatamente como somos continua a ser uma das ideias mais fortes da mensagem que IAMDDB quer transmitir. Empenhada em juntar jazz às batidas trap que domina com mestria, e cada vez mais interessada nas suas raízes angolanas, esta jovem de Manchester tem nomes como Jimmy Dludlu e Lianne La Havas na sua lista de referências. “Shade”, o primeiro single do novo EP, tem o condão de prender quem ouve. Para confirmar já em novembro, no Vodafone Mexefest.
Confirmados:
Aldous Harding, Allen Halloween, Cigarettes After Sex, Childhood, Destroyer, IAMDDB,
Julia Holter, Karlon, Liars, Liniker e os Caramelows, Luís Severo,
Manel Cruz, MOMO convida Camané, PAULi,
Songhoy Blues, Statik Selektah, Valete, Washed Out
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Press Release: Música no Coração
Allen Halloween, Statik Selektah e Karlon no Vodafone Mexefest
Com data marcada para os dias 24 e 25 de novembro, o Vodafone Mexefest regressa com a promessa de ser uma mostra privilegiada de alguma da melhor música da atualidade. Além do rock e da eletrónica, também o melhor hip hop vai desfilar pelos palcos da Avenida da Liberdade em Lisboa: a experiência de Statik Selektah, as sombras de Allen Halloween e o rap crioulo de Karlon são novos motivos de interesse da edição deste ano do Festival.
Com um percurso marcado pela versatilidade, sendo DJ, produtor e dono da Showoff Records, Statik Selektah é um dos nomes mais sonantes do hip hop mundial. Produtor reputado, este músico de Boston já trabalhou com nomes como Nas, Eminem, 50 Cent, AZ e Freeway. Depois da formação no New England Institute of Art, onde aprendeu a dominar o estúdio, e inspirado por nomes como DJ Premier ou Funkmaster Flex, Statik abraçou a aventura de criar a sua própria arte. “Spell My Name Right: The Album” foi o primeiro disco, editado em 2007, e desde aí já lá vão sete. O último, “Luck 7”, conta com as participações de Joey BADA$$, Mick Jenkins, Royce Nickel Nine, Dave East, entre outros. Recentemente mostrou ao mundo "But You Don't Hear Me Tho", um excelente prenúncio para o novo disco, “8”, que está mesmo a chegar. Novidades que, certamente, vão prender o público no Vodafone Mexefest.
Não é possível fazer uma retrospetiva da música urbana portuguesa dos últimos dez anos sem falar de Allen Halloween. Sem ceder a modas e trilhando um caminho só seu, Halloween conseguiu criar um universo muito particular, onde o hip hop se junta ao rock e a outras influências, criando a atmosfera ideal para histórias de queda e redenção, crónicas cruas de uma realidade vivida pelo próprio músico. Depois da estreia em 2006 com “Projecto Mary Witch”, Halloween edita duas obras-primas: “Árvore Kriminal” (2011) e “Híbrido” (2015). Aclamado pela crítica e com um público cada vez mais fiel, Halloween prepara agora “Unplugueto”, o seu projeto acústico, feito de reinterpretações de temas já gravados e também alguns inéditos. Em novembro, a “Bruxa”, como é conhecido, vai fazer pairar o seu enorme talento sobre a Avenida da Liberdade em Lisboa.
Português com raízes cabo-verdianas, Karlon é um nome essencial na história do hip hop português: em 1994 fundou o grupo Nigga Poison e em 2001 criou a editora Kreduson Produson. Com formação no curso de Artes e Ofícios do Espetáculo do Chapitô, Karlon emprega toda essa sensibilidade artística ao serviço da música que faz, como provam os discos “Nha Momentu” (2012) e “Meskalina” (2015), ou a mixtape “Paranoia” (2013). Editado no final de 2016, “Passaporti” está mais perto das origens cabo-verdianas de Karlon. Com funaná adicionado ao hip hop e muitos outros ritmos, este registo impressiona também pela atenção ao detalhe, com sons, vozes e expressões com pronúncia cabo-verdiana. O disco conta com a participação de nomes como Valete, Chullage, DJ X-Acto, entre outros. Não há como perder o melhor deste rap crioulo em novembro, no Vodafone Mexefest.
Confirmados:
Aldous Harding, Cigarettes After Sex, Childhood, Destroyer, Julia Holter,
Luís Severo, Manel Cruz, MOMO convida Camané, PAULi, Songhoy Blues, Valete, Washed Out
Passe único dois dias
Até 23 de novembro: 45€
Nos dias do Festival: 50€
www.vodafonemexefest.com | facebook.com/vodafonemexefest
Press Release: Música no Coração